segunda-feira, setembro 19, 2011

A vida segue...

Sabe aquela música do Lulu Santos que diz: “Sei lá... Tem dias que a gente olha pra si e se pergunta se é mesmo isso aí que a gente achou que ia ser quando a gente crescer e nossa história de repente ficou alguma coisa que alguém inventou,  a gente não se reconhece ali...”?
Então... acho que estou em crise de identidade... Deve ser porque estar só alguns poucos anos dos 40 está pesando :-/
As vezes fico pensando que nada do que planejei quando era adolescente, consegui de fato, colocar em prática. Não consegui ter uma casa, nem um bom emprego, nem ser independente financeiramente, nem viajar para os lugares que queria. Nada.
Nem muitos namorados eu tive. Outro fracasso... Aliás, fazendo um levantamento rápido da minha pobre e sem graça história, chego a conclusão de que em nenhum momento realmente importante na minha vida, tinha alguém do meu lado. Nem para segurar minha mão ou dar um abraço quando estava triste e nem para compartilhar os momentos felizes. Não tinha ninguém  nas minhas formaturas, nem quando comprei meu primeiro carro, nem quando meu pai ficou doente, nem quando quase entrei em depressão por estar  num lugar que não queria...
Sei lá. Devo ter algum problema com os relacionamentos. Ou estou sempre escolhendo errado. De repente, as pessoas somem da minha vida como um passe de mágica. As vezes chego a pensar  que pode rolar alguma coisa boa, conheço alguém que parece empolgado, e de repente, PLOFT... o cara some e nunca mais dá sinal de vida. Ou então, o cara não tem nada a ver comigo, ou conheço caras problemáticos, ou qualquer coisa que os circuitos, meu e dele, não fecham...
Fico observando meus amigos, conhecidos, parentes... Vários já casaram, descasaram, casaram de novo, ficaram, arrumaram vários namorados (as) e eu, nem consigo arrumar um namorado. Deve ser  algum tipo de aprendizado para uma evolução espiritual :D só pode.
Mas a vida segue, dia após dia, e em algum momento ainda, espero conseguir ter alguma coisa do que planejei. Só vou torcer para não ter que esperar até eu ficar velhinha de bengala J  Keep walking

domingo, junho 13, 2010

Tudo que eu queria...

Re-post.... o texto é antigo, mas a essência continua a mesma...
Acho que está até um pouco pior, porque agora nem dinheiro para ir para a academia eu tenho :-/
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Vitrine de uma loja de roupas na Rua das Pedras - Búzios - Rio de Janeiro
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Não sei porque a gente faz isso... Trabalhar, trabalhar e trabalhar...
A gente se estressa, fica cansado e doente... E tudo isso pra quê? Qual o objetivo de todo esse esforço? Ficamos trabalhando milhões de horas por dia e passamos mais tempo no ambiente de trabalho do que com nossas famílias e amigos. Quase não encontro mais com algumas pessoas por conta dessa maldita falta de tempo e desencontro de horários...
Além disso, temos que engolir sapos que não queremos, temos que conviver com situações e pessoas chatas... E aí eu pergunto novamente: por quê? Se nem conseguimos tirar férias e aproveitar tudo que temos de legal pra fazer... Nem ganho dinheiro suficiente pra fazer as coisas que gostaria ...

Tempos modernos são assim... falo pelo chat com um colega de trabalho que senta a duas mesas de distância de mim, visito as páginas de vocês mas nem os conheço pessoalmente, mal consigo sair da cama para ir para a academia de manhã cedo, e não consigo tirar férias...

Às vezes fico pensando se não seria melhor eu ter vivido no início do século XX, onde a única preocupação das mulheres era fazer crochê...

quarta-feira, maio 19, 2010

Para o homem da minha vida...

Hoje as homenagens são todas para ele.

Apesar de saber que ele não vai ver isso aqui, resolvi postar como uma forma de agradecimento.

Meu pai tem uma história igual à de muitos brasileiros, pelo menos, o começo dela. Nascido em uma família imensa e pobre do interior da Paraíba, sempre teve em mente que "aquela realidade" não era pra ele.

Mesmo com todas as adversidades e dificuldades pelo qual passou, sempre buscou melhorar de vida e dar um futuro melhor para si, para os pais e depois para nós, os filhos.

Meu pai sempre foi, é e sempre vai ser meu maior exemplo de determinação, força de vontade, perseverança e principalmente honestidade e caráter.

Tudo o que sou hoje, minha personalidade, minha educação e os valores que carrego comigo, devo a ele.

Ainda que ele nunca tenha tido a oportunidade de ter uma educação formal, digo, frequentar escolas e cursos, meu pai é um grande sábio.

Aprendeu tudo que sabe na escola da vida, mas teve o discernimento de guardar somente as boas lições e se manter íntegro e no caminho do bem.

E mesmo não sendo uma pessoa religiosa, agradeço sempre por ter sido escolhida para ganhar de presente uma pessoa tão bacana para ser meu pai e por ele ainda estar vivo e perto de mim.

E hoje, como é aniversário dele, vou pedir para o "Moço lá de cima", ou seja lá quem for o responsável por nos manter aqui, que o dê ainda muitos anos de vida, com muita saúde. Ainda tenho muito que aprender com essa pessoa iluminada e especial que é o meu pai.

E ainda que eu já esteja bem crescidinha, continuo achando que é meu super herói favorito :-)

Paizinho, parabéns muitas felicidades e muita saúde para ultrapassar toda essa fase de preocupação e estresse que ainda fazemos o sr. passar. Mas tenho certeza que ainda nos verá felizes e bem.

Te amo muito.

[já havia postado no ano passado, mas ele merece o repost muitas outras vezes :-)]

segunda-feira, maio 03, 2010

Os confusos e estranhos ciclos da vida....


Os confusos ciclos da vida....(Costa Azul - Rio das Ostras)
Originally uploaded by Casa da Martinha
Não sei porque acontece isso, mas parece que a vida o tempo inteiro está nos testando.

Quando eu acho que estou conseguindo me livrar de uma nuvem negra, outra já chega.

Há nove anos, comecei a trabalhar numa empresa e como eu fui parar num departamento novo, tinha que começar tudo do zero.

Nessa epóca eu trabalhava numa rede de varejo do Rio e começar tudo incluia mexer em várias caixas poeirentas, ir para o depósito ou passar o dia nas lojas. Tudo isso para começar a preparar os descritivos dos produtos, que até então, não existiam.

Foi um grande aprendizado naquela época.

Depois disso, algumas coisas mudaram.

Mas estranhamente, depois de todo esse tempo, me vejo fazendo as mesmas coisas, as mesmas tarefas, as mesmas caixas cheias de poeira e o pior de tudo: o mesmo salário.

Tudo isso porque não tenho dinheiro nem para um picolé na padaria e para tentar me livrar de uma história familiar furada que me meti nos últimos 3 anos.

Minha amiga disse que estou andando algumas casinhas do jogo para trás agora, mas logo, logo, andarei muitas para frente.

Espero que ela tenha razão e que eu consiga sair dessa total inércia que a minha vida se encontra.

Sinceramente ainda não consegui entender porque de todas essas voltas sem sair do lugar.

terça-feira, abril 06, 2010

Chove chuva, chove sem parar...


Desde ontem, chove sem parar no Rio de Janeiro. Mais de 24 horas embaixo de chuva e caos na cidade. Foram vários deslizamentos, pessoas desabrigadas e muitas mortes.

Por todos os lados o que se via era muita água, lama e congestionamentos horríveis.

Fiquei presa na Av. Brasil, uma das principais vias de acesso para quem chega ou sai do Rio de Janeiro. Foram mais 5 horas, com a via totalmente parada e cheia de água nas quatro pistas.

Senti um medo danado quando comecei a ver água entrando no meu carro. Felizmente consegui chegar até um pedaço da calçada e ai só entrou água num lado.

Além do medo de morrer afogada dentro do próprio carro, logo eu, uma pessoa que nadou por mais de dez anos, um medo maior ainda de que algum arrastão se formasse por ali.

Depois de mais de 7 horas de alagamentos, congestionamentos e nervosismo tentando todos os caminhos da cidade, passando da zona norte a zona sul e zona norte de novo, 3 tentativas frustradas de paradas em hotéis e motéis para fugir do caos, finalmente consegui chegar sã e salva em casa.

Mais 40 minutos tirando água de dentro do meu carrinho e finalmente lar doce lar. Nada como chegar em casa depois de uma aventura dessa... Ainda bem que o Floquinho, meu super carro, resistiu bravamente a milhares litros de água...

sábado, março 20, 2010

Rio de Janeiro: um verdadeiro caso de amor

 

 


Durante os quase três anos em que morei fora da cidade, ficava contando os dias para vir aqui, mesmo que fosse para resolver problemas do trabalho e sempre correndo.

Mas todas as vezes que vinha, abria um mega sorriso quando chegava na Ponte Rio-Niterói.

Nesse tempo, não tive nenhum final de semana livre, nem férias, nem feriado. Nada de divertimento. Só trabalho e muito estresse.

Quando eu resolvi voltar para o Rio, no meu primeiro final de semana sem trabalho, fui fazer uma trilha até o primeiro morro do Pão-de-Açucar. Quando cheguei lá, mal cabia em mim mesma, de tanta felicidade. Cheguei lá em cima com a lingua arrastando no chão de tão cansada, mas o sentimento de liberdade e felicidade superava todo o esforço e cansaço. Ver a cidade Maravilhosa aos meus pés, com toda a sua beleza, era como acordar de um pesadelo ruim. Não sei explicar o que senti.Parecia uma criança quando ganha um brinquedo novo.

Mesmo com todos os problemas que temos aqui, e que não são poucos, a cidade é demais. É sempre ótimo dar um mergulho no mar, pedalar na praia, tomar um café da manhã no Parque Lage, respirar o ar do Jardim Botânico, tomar uma ducha geladinha nas Paineiras... As opções de passeios gratuitos ou quase de graça, são muitas.

E eu não me canso de admirar cada cantinho. Quando passo em alguns lugares-chave, tipo Aterro do Flamengo, Lagoa, Orla da Zona Sul, etc, sempre agradeço por poder enxergar e viver num lugar com tantas belezas naturais.

O fato é: entre mim e o Rio, existe um enorme caso de amor. Eu amo esse lugar e cada dia que passa, fico mais feliz quando descubro um pedacinho novo para eu admirar.

Por isso, estou sempre com minha máquina fotográfica na bolsa, para registrar todas as maravilhas dessa cidade, que é abençoada por natureza. :-)
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quinta-feira, março 11, 2010

Situação inusitada...

(foto: arquivo/Diário S. Paulo)


Hoje vi uma situação muito inusitada. Aliás, vi a mesma cena por duas vezes no mesmo dia. Se presenciar uma vez já é muito estranho, imagina duas... É quase como ganhar na loteria :-)
Vamos aos fatos. Estava na calçada de uma rua na Tijuca, esperando o sinal fechar para atravessar. Daí a pouco escuto uma sirene: inhôm, inhôm, inhôm... (deve ser essa a onomatopéia :D) Era uma ambulância.
O sinal fechou, mas esperei a ambulância passar para começar a atravessar a rua. E o que eu vejo? A médica que estava no banco da frente lixando as unhas dentro da ambulância...
Andando mais um pouco,vejo um ônibus parado e a tal médica atendendo um passageiro que tinha passado mal.
Peguei meu carro que estava estacionado perto desse local e segui na direção da minha casa, que fica perto do Hospital do Andaraí.
Quando estava chegando, parei num sinal e escuto novamente: inhôm, inhôm, inhôm. Olhei pelo retrovisor para dar passagem para a ambulância e adivinhem? Exatamente a mesma médica lixando as unhas...
Daí fiquei pensando: uma pessoa quase morrendo lá atrás na ambulância e a médica nem aí. Não sei se foi muita sorte ou muito azar ver essa situação tantas vezes, em alguns minutos de intervalo.
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